Tenho vontade de ver e sentir beleza no ar e em cada recôndito recanto!
Muitas vezes vou renovar e recarregar as minhas baterias nos contornos do lago Leman.
Ao longe um dique de pedras que nos leva até ao pôr-do-sol, como que prevendo
as tempestades que se estão a preparar…ao largo nas calmas e tranquilas águas
do poder federal…
As embarcações da CGN contam histórias do passado glorioso dos barcos a
vapor, com grandes rodas com pás, como as antigas noras há muito inventadas
pelos árabes e que ainda podemos encontrar no meu quintal da minha terra, com a cadeia de alcatruzes, essas formas
bizarras de meios cilindros em chapa com um pequeno furo no centro, para deixar
escapar o ar, aquando o enchimento com água, no mergulho espalhafatoso do ar a
escapar-se na superfície espelhada da água verde e fresca do poço. Raspam no fundo
e emergem da superfície, deixando escorrer um fio contínuo de água até ao cimo da
roda, despejando o precioso conteúdo numa caleira central, que por sua vez
encaminha a água até ao tanque que alimenta os regos de rega utilizados na
distribuição para as zonas a regar.
Inteligência
emocional e os meandros cognitivos que fazem que uns tenham um enorme sucesso e
que os outros sejam simplesmente uns enormes fracassos.
Ateliers de formação
que não levam a lado algum, mas que têm o mérito de fazer sair de casa e
promover os contactos com outras almas na mesma situação.
Almas
desesperadas que se sentem importantes ao ponto de julgarem os colegas, nesses
conclaves de integração na vida social e no caminho garantido do pleno emprego.
Emigração em
massa…stop…vamos fazer votar o povo para parar este massacre que é a invasão do
solo sagrado. Estrangeiros que vêm fazer diminuir a prosperidade do simples e
pacato cidadão.
No meu devaneio
já estou a ver as fronteiras a fecharem e todos os abusadores e estrangeiros,
de todas as cores e religiões, a serem recambiados fronteira fora, mano
militari…
A catedral está a arder, cidadãos às armas!
Estou a ouvir uma canção REFUGEES do velho grupo Van der Graaf Generator que
conta o sonho do ocidente, da liberdade, west is where I love, west is
refugees's home.
North was
somewhere years ago and cold:
Ice locked the people's hearts and made them old.
South was birth to pleasant lands, but dry:
I walked the waters' depths and played my mind.
East was dawn, coming alive in the golden sun:
the winds came, gently, several heads became one
in the summertime, though august people sneered;
we were at peace, and we cheered.
We walked alone, sometimes hand in hand,
between the thin lines marking sea and sand;
smiling very peacefully,
we began to notice that we could be free,
and we moved together to the West.
West is where all days will someday end;
where the colours turn from grey to gold,
and you can be with the friends.
And light flakes the golden clouds above all;
West is Mike and Susie,
West is where I love.
There we shall spend our final days of our lives;
tell the same old stories: yeah well,
at least we tried.
Into the West, smiles on our faces, we'll go;
oh, yes, and our apologies to those
who'll never really know the way.
We're refugees, walking away from the life
that we've known and loved;
nothing to do or say, nowhere to stay;
now we are alone.
We're refugees, carrying all we own
in brown bags, tied up with string;
nothing to think, it doesn't mean a thing,
but we'll be happy on our own.
West is Mike and Susie;
West is where I love,
West is refugees' home.